O Governo Federal reconhece que é inevitável a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro deste ano.
O Planalto trabalhava para que os parlamentares retirassem seus nomes da lista, após liberação de emendas ou nomeações em segundo e terceiro escalões, mas isso está atrasado.
Além disso, imagens do General Gonçalves Dias, agora, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), interagindo com os invasores do Palácio do Planalto foram divulgadas pela CNN.
As imagens causaram uma crise que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocar uma reunião de emergência. O general pediu demissão após a reunião, mas a crise continua, e desta forma o Governo considera a CPMI inevitável. Assim, a estratégia é buscar o controle da comissão ao invés de tentar impedir a instauração.
A CPMI será formada, por 32 parlamentares, divididas igualmente entre Senado e Câmara. O Governo possui maioria em ambas as casas, levando a acreditar que a oposição terá no máximo 10 membros na comissão.
Para os parlamentares governistas, o número de membros da oposição na comissão não é o principal problema, mas sim o impacto que eles podem causar nas redes sociais, já que, mesmo em minoria, podem aproveitar a oportunidade para produzir conteúdo e se promover nesse ambiente em que ainda têm mais influência.
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