Cláudio Kbene

O presidente sugeriu que os outros países amazônicos devem se juntar ao Brasil para proteger a floresta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs nesse sábado (08.07), durante o encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia, na cidade de Letícia, na Colômbia, a constituição do "Parlamento Amazônico" para envolver as comunidades locais na participação da construção de políticas mais sustentáveis.

Lula comemorou os resultados que apontam a queda no desmatamento da Amazônia brasileira no primeiro semestre de 2023 e sugeriu que os outros países amazônicos deveriam se juntar ao Brasil nesse empenho e assumir o protagonismo de proteger a floresta.

O presidente destacou o compromisso do Governo em zerar o desmatamento até 2030, e defendeu, também, a necessidade de estabelecer um comitê de especialistas da Amazônia para gerar conhecimento. “A formação de rede de contatos entre instituições de ensino e pesquisa contribuirá para a criação oportunidades para a nossa juventude”, apontou o gestor. Ele também aproveitou o encontro para voltar a cobrar a participação dos países ricos no aporte do fundo de transição energética para os mais pobres.

Para Lula, os oito países amazônicos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) têm dois desafios, um institucional, no fortalecimento da organização do tratado de cooperação amazônica, e um político, na construção de uma nova visão de desenvolvimento sustentável para a região.

“Cuidar da Amazônia é um privilégio e uma responsabilidade. Cabe a nós decidirmos como dar uma vida digna para nossa gente e preservar nossa floresta e biodiversidade. A Cúpula de Belém será uma oportunidade para os oito países amazônicos assumirem o protagonismo na busca por soluções compartilhadas”, disse Lula.

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