A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio do fundo partidário do Podemos, após o partido dar um calote de aproximadamente R$ 2 milhões à Agência de Publicidade D7. A agência havia sido contratada para conduzir a pré-campanha de Sergio Moro, hoje União Brasil, à Presidência da República.
O Podemos contratou a agência para acompanhar a pré-campanha de Moro, quando ele tinha planos de concorrer contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). No entanto, Moro desistiu da disputa e deixou o partido rumo ao União Brasil, onde foi eleito senador pelo Paraná.
De acordo com a ação movida pela agência, mesmo após a conclusão dos serviços prestados, o Podemos não efetuou o pagamento acordado, mesmo tendo sido notificado extrajudicialmente para fazê-lo.
A agência teria produzido ao menos nove peças publicitárias, três para TV e seis para redes sociais, com o objetivo de promover a imagem de Moro. No entanto, devido à desistência do ex-juiz da disputa eleitoral e sua saída do partido, o Podemos deixou de honrar o pagamento.
Diante disso, a Justiça de São Paulo autorizou o bloqueio dos bens do fundo partidário do Podemos. A juíza destacou que, em um primeiro momento, considerou inviável bloquear o fundo partidário, pois toda vez que uma ação era proposta, o partido retirava os recursos da conta para evitar o bloqueio. No entanto, para garantir a execução do pagamento, a juíza decidiu pelo bloqueio do fundo partidário.
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