O governo Lula está corrigindo irregularidades no cadastro do Bolsa Família. Até julho, 934 mil beneficiários que alegavam viver sozinhos foram removidos, após aumento suspeito durante o Auxílio Brasil de Bolsonaro, de 15% para 27% das famílias atendidas. Em abril, mais de um milhão de beneficiários foram temporariamente bloqueados e exigidos mais dados. Quem não preencheu os requisitos foi cortado nos meses seguintes.
O corte atingiu beneficiários que afirmavam viver sozinhos, caindo de 5,9 milhões em janeiro de 2022 para 4,9 milhões em julho de 2023. Sob Bolsonaro, os benefícios unipessoais subiram de 2,2 milhões para 5,9 milhões, reduzindo famílias maiores no programa, de 85% para 73%.
Não houve mudança no perfil familiar. Em 2022, 16% das casas tinham apenas uma pessoa, semelhante ao período pré-Auxílio Brasil. Fraudes foram incentivadas pelo valor fixo do Auxílio Brasil (R$ 400 e depois R$ 600), levando pessoas a se cadastrarem novamente.
A explosão de famílias unipessoais coincidiu com pagamentos mínimos de R$ 400 e R$ 600. Maiores altas foram em dezembro de 2021, quando começou pagamento de R$ 400, e julho de 2022, com PEC do mínimo de R$ 600. Após os cortes, 24% dos beneficiários afirmam viver sozinhos, abaixo do governo Bolsonaro, mas acima do período pré-Auxílio Brasil.
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