A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (09.08), em Florianópolis (Santa Catarina), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, durante operação que apura interferência no 2º turno das eleições de 2022. O mandado de prisão foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Silvinei é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa por suposto uso indevido do cargo. Na ação, o MPF acusa o ex-diretor de ter favorecido a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral do ano passado.
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Em nota divulgada nesta quarta (09), a PF informou que Silvinei foi preso na Operação Constituição Cidadã para apurar se integrantes da PRF teriam direcionado “recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro 2022”.
Além da prisão do ex-diretor da PRF, foram cumpridos ainda 10 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei.
Os alvos foram: Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência; Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto; Wendel Benevides, ex-corregedor-geral; Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional; Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e Antônio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.
Ainda segundo a PF, todos são investigados por prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever); violência política (impedir, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos), e impedir ou atrapalhar a votação (crime previsto no Código Eleitoral).
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