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Geral Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 15:29 - A | A

Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 15h:29 - A | A

Ataque às urnas

Bolsonaro perguntou se era possível invadir as urnas, diz hacker preso pela PF

De acordo com ele o acesso restrito do TSE inviabilizou qualquer tentativa

Carlos Oliveira/Fatos de Brasília

O hacker Walter Delgatti, alvo de um mandado de prisão preventiva nesta quarta-feira (02.08), relatou à Polícia Federal (PF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lhe perguntou se era possível invadir a urna eletrônica. Segundo o depoimento de Delgatti, esse questionamento teria sido feito pelo então presidente durante um encontro ocorrido em agosto de 2022 no Palácio do Alvorada.

Ele afirmou que, durante o encontro o ex-presidente teria perguntado se era possível invadir as urnas eletrônicas se o hacker estivesse munido do código-fonte. No entanto, o acesso concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era restrito apenas à sede do tribunal, o que inviabilizou qualquer tentativa posterior, uma vez que não poderia se dirigir até lá.

Entretanto, ele negou que Bolsonaro estivesse envolvido no acesso indevido ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que resultou na inclusão de um mandado de prisão falso em nome do ministro Alexandre de Moraes no banco de dados. Essa manobra fraudulenta foi o gatilho para a operação 4FA, desencadeada hoje, levando à sua prisão e ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência da deputada federal Carla Zambelli (PL).

Delgatti, que ficou conhecido por hackear o celular de autoridades da Operação Lava Jato, revelou à Polícia Federal que Carla Zambelli entrou em contato com ele com o intuito de que invadisse a urna eletrônica ou qualquer sistema da Justiça brasileira, com o objetivo de expor a suposta fragilidade do sistema judicial do país. Em um momento posterior, Zambelli solicitou que ele obtivesse "conversas comprometedoras" de Alexandre de Moraes.

No depoimento, Delgatti afirma que a deputada falou que, caso ele não conseguisse invadir a urna eletrônica, ela o incentivou a obter conversas comprometedoras do ministro Alexandre de Moraes, invadindo seu telefone celular e e-mail. De acordo com a transcrição do depoimento, Zambelli alegou que, em caso de êxito na invasão dos sistemas, ele teria emprego garantido, justificando que estaria protegendo a democracia, o país e a liberdade.

O hacker ainda declarou que foi Zambelli quem redigiu o texto do falso mandado de prisão contra Moraes e posteriormente o "vazou" para a imprensa.

Leia Também: PF deflagra operação faz buscas nas residências e no gabinete de Carla Zambelli e prende hacker

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