A maior feira de agronegócio da América Latina, a Agrishow, anunciou no sábado (29.04) o cancelamento da cerimônia de abertura da sua segunda edição, que estava programada para ocorrer na segunda-feira 1º de maio, em Ribeirão Preto, São Paulo. A decisão foi tomada, conforme a organização, "em virtude de toda a repercussão gerada" em torno da solenidade.
Conforme divulgou o VGN , o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, teria se sentido desconvidado após a organização sugerir que ele participasse do evento no dia seguinte, em vez de estar presente na cerimônia de abertura que contaria com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão da Agrishow de cancelar a cerimônia de abertura reflete a controvérsia em torno da participação de Bolsonaro no evento. Embora seja esperada a presença do ex-presidente na feira, acompanhando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é improvável que Bolsonaro faça discursos durante o evento. Ele deverá apenas circular pelo local, visitando os estandes de expositores.
Entenda
O presidente da Agrishow, Francisco Matturro, informou ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria presente na cerimônia de abertura do evento no dia 1º de maio, acompanhando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Matturro sugeriu que o Ministro participasse da feira no dia seguinte, (02.05).
Fávaro afirmou que entendeu o recado da sugestão e decidiu não comparecer ao evento. Ele também disse que se sentiu desconvidado para a abertura do evento, mas expressou interesse em participar da feira em outra oportunidade.
Além disso, o patrocínio da Agrishow pelo Banco do Brasil foi criticado por vários ministros da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionaram, pelas redes sociais, o uso dos recursos públicos para apoiar o evento. Em resposta, na sexta-feira (28/05), o Banco do Brasil anunciou o cancelamento do patrocínio à Agrishow.
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