Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

PF abrirá inquérito no STF contra Eduardo Bolsonaro por fala sobre professores

A Polícia Federal (PF) determinou a abertura de um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para apurar suspeitas de crimes em discurso durante um evento pró-armamentista em 9 de julho.

Eduardo Bolsonaro, em sua fala, orientou os pais a estarem atentos ao que seus filhos estavam aprendendo na escola, para evitar a atuação do que ele chamou de "professor doutrinador". A declaração foi seguida por comparação entre esses professores e traficantes de drogas, afirmando que não há diferença entre ambos. Ele também sugeriu que esses professores poderiam causar discórdia dentro das famílias.

Por conta do foro privilegiado de Eduardo Bolsonaro, a investigação será submetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. A PF ainda está analisando os fatos para determinar quais crimes o parlamentar é suspeito de ter cometido no episódio. Uma das possíveis acusações é a de incitação ao crime, por supostamente estimular a violência contra os professores.

Além de Eduardo Bolsonaro, a PF também abrirá uma investigação contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), que também esteve presente no mesmo evento armamentista. Em seu discurso, Gilvan fez críticas ao ministro da Justiça, Flávio Dino, e desafiou-o a tomar sua arma.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, solicitou à PF a apuração dos discursos proferidos pelos deputados, enfatizando a análise de possíveis crimes de incitação à prática criminosa e apologia de fatos criminosos, incluindo referências a atos ilegais ocorridos anteriormente.

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