O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) solicitou à Justiça a quebra de sigilo de dados do ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) e a remoção de sua publicação nas redes sociais na qual ele chamou o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), de "gay com homofobia internalizada".
Leia aqui: Jean Wyllys e Eduardo Leite batem boca sobre escola cívico-militar
O promotor de Justiça David Medina da Silva destacou que essa atitude ultrapassou os limites da liberdade de expressão e foi considerada "criminosa". O governador acionou o MP acusando Wyllys de homofobia.
Medina enfatizou que, apesar de críticas políticas serem naturais na democracia, a manifestação de Wyllys ultrapassou a liberdade de expressão, ofendendo a dignidade e o decoro do governador, com ampla repercussão nas redes sociais.
Caso a Justiça acate o pedido do MP, o promotor sugere a aplicação de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da medida.
A publicação de Jean Wyllys criticou Eduardo Leite por manter escolas cívico-militares no Estado após a revogação do programa em nível federal. O governador respondeu dizendo que a manifestação era deprimente e repleta de preconceitos.
Eduardo Leite também anunciou ter apresentado uma representação contra Wyllys por considerar o comentário homofóbico, assim como fez em casos anteriores de ataques preconceituosos.
Leia aqui: Após bate-boca no Twitter, Eduardo Leite denuncia Jean Wyllys no MP
O MP está investigando Jean Wyllys por injúria contra funcionário público e por práticas que incitam discriminação ou preconceito.
Entre no grupo do Fatos de Brasília no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).