A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas de 08 de janeiro, no Congresso Nacional, aprovou nesta quinta-feira (03.08) a convocação do hacker Walter Delgatti. Ele foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (02.08) sob suspeita de fraude em sistemas de órgãos públicos.
Delgatti ganhou notoriedade no episódio conhecido como "Vaza Jato", no qual foram vazadas mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro, atualmente senador, e o então procurador Deltan Dallagnol, ex-deputado. Em seu depoimento nesta quarta-feira, Delgatti afirmou que, em um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, Bolsonaro lhe questionou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas.
A convocação de Delgatti foi votada junto com outros requerimentos e aprovada em votação simbólica, apesar de uma sessão marcada por bate-bocas e confusões.
Além do hacker Walter Delgatti, também foram aprovadas as convocações de Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército e ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcela da Silva Moraes Pinto, cabo da PM, e Adriano Machado, fotojornalista da Agência Reuters.
Os parlamentares da base governista discordaram da convocação de Adriano Machado, alegando que o profissional estava trabalhando na cobertura dos atos e, portanto, deveria estar protegido pelo sigilo da atividade jornalística, previsto na Constituição.
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