O subprocurador do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, apresentou uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta segunda-feira (15.05), solicitando uma investigação minuciosa sobre indícios de irregularidades relacionadas aos pagamentos em espécie das despesas da ex-primeira-dama. De acordo com o subprocurador, tais pagamentos em dinheiro vivo parecem ter o objetivo de burlar o controle e a transparência nas contas públicas.
"A meu ver, fica evidente que o pagamento de despesas com 'dinheiro vivo' busca driblar o controle", afirmou Rocha Furtado, enfatizando a necessidade de uma apuração detalhada dos fatos. Ele destacou que o uso de dinheiro em espécie para quitar despesas relacionadas à ex-primeira-dama suscita preocupações sobre possíveis tentativas de ocultação de informações e desvio de recursos públicos.
A solicitação de Lucas Rocha Furtado destaca a necessidade de uma análise aprofundada dos documentos e registros relacionados aos pagamentos em espécie, com o intuito de verificar se houve irregularidades ou violações legais. Caso irregularidades sejam comprovadas, a promotoria pede que agentes sejam responsabilizados e o dinheiro público, ressarcido.
Entenda
A Polícia Federal encontrou, em trocas de mensagens por WhatsApp, as imagens de sete comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos pelo tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, encaminhados a assessoras da ex-primeira-dama. Os repasses totalizam R$ 8,6 mil.
De acordo com a investigação, os depósitos usavam um método comum nos casos de rachadinha: eram feitos de forma fracionada, em pequenos valores, para impedir o alerta aos órgãos de controle e a identificação de irregularidades.
Como os pagamentos foram em dinheiro vivo, não há a identificação da origem dos valores. O inquérito apura se os pagamentos seriam provenientes do desvio de recursos públicos do Palácio do Planalto.
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