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economia

“Austeridade não deu certo em nenhum país do mundo”, diz Lula em reunião do Brics

Lula discursou diante de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais dos países do bloco

João Victor/Fatos de Brasília

O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (04.07), que o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como banco dos Brics, representa uma alternativa ao avanço do protecionismo e ao retorno de políticas unilateralistas. Em discurso na abertura da reunião anual da instituição, no Rio, Lula defendeu o uso de moedas locais no comércio entre os países do bloco como forma de reduzir a dependência do dólar.

Segundo ele, 31% das trocas comerciais entre os membros do Brics já são feitas em moedas distintas da americana. “O uso de moedas locais tornou-se sua característica marcante”, afirmou. Lula reconheceu que há divergências internas e que as discussões são “complicadas”, mas insistiu que o tema precisa avançar.

Sem citar os Estados Unidos ou o presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano), Lula criticou o uso de tarifas e sanções como instrumento político. A chefe do NBD, a ex-presidente Dilma Rousseff, também mencionou o assunto, afirmando que medidas desse tipo servem à “subordinação política”.

Lula discursou diante de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais dos países do bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No início, fez uma brincadeira ao dizer que nunca havia falado para tantos chefes de bancos de uma só vez. Depois, pediu por um novo olhar sobre o financiamento global. “Não é doação de dinheiro, é empréstimo para que as pessoas possam se desenvolver.”

O presidente criticou o modelo de austeridade adotado por instituições financeiras internacionais. “Não deu certo em nenhum país do mundo. Levou países a ficarem mais pobres, enquanto outros ficaram mais ricos”, disse. Segundo ele, é preciso criar alternativas de financiamento voltadas aos países em desenvolvimento e pobres.

Lula encerrou o discurso com críticas à fragilidade dos organismos multilaterais. Afirmou que a ONU vive seu pior momento desde a Segunda Guerra Mundial. “A ONU, que foi capaz de criar o Estado de Israel, não é capaz de criar o Estado Palestino. Não é capaz de acabar com o genocídio de mulheres e crianças em Gaza”, disse, ao defender que a discussão sobre uma nova moeda global “é extremamente importante”.

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