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Política Sexta-feira, 04 de Julho de 2025, 10:35 - A | A

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chefe do Brics

“Tarifas e sanções são instrumentos de subordinação política”, diz Dilma em reunião do NDB

A declaração foi feita na abertura da 10ª reunião anual do NDB

João Victor/Fatos de Brasília

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), atual chefe do Banco dos Brics, afirmou nesta sexta-feira (04.07) que tarifas, sanções e restrições financeiras têm sido usadas como ferramentas de subordinação política. A declaração foi feita na abertura da 10ª reunião anual do NDB (New Development Bank), realizada no Rio de Janeiro.

Sem citar diretamente os Estados Unidos ou o presidente Donald Trump, Dilma disse que o multilateralismo está sob pressão e que há um recuo na cooperação internacional, com o ressurgimento do unilateralismo. “Tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo usadas como ferramentas de subordinação política”, declarou.

Segundo ela, o NDB nasceu com base na cooperação, na igualdade e no respeito mútuo, “em aposição a abordagens e a condicionalidades impostas de cima para baixo”.

Dilma afirmou que o mundo enfrenta “crises sobrepostas” — climática, geopolítica e econômica — e que a próxima década será decisiva para o Sul Global. Para enfrentar esse cenário, defendeu financiamento climático para a adaptação ao novo contexto e mais investimentos em infraestrutura verde, energia limpa e tecnologias inteligentes.

“O NDB precisa estar na vanguarda desse esforço”, afirmou. Dilma destacou que o banco é mais do que um projeto financeiro: “É uma declaração política de intenções e práticas”, afirmou, ao dizer que o Sul Global deve deixar de ser “receptor passivo de modelos de crescimento impostos” para se tornar “arquiteto de seu próprio futuro”.

A ex-presidente ainda rebateu críticas indiretas, como a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que classificou o alinhamento com o Sul Global como “extremamente perigoso”. Dilma declarou que o NDB não pretende substituir “quem quer que seja”, mas sim mostrar que há “mais de uma maneira de promover o desenvolvimento”.

“Demonstramos nos últimos 10 anos que é possível construir uma instituição confiável, eficiente e adaptável, que produz resultados reais e, ao mesmo tempo, defende os valores da solidariedade, da equidade e da soberania”, concluiu.

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