A morte do ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, aos 89 anos, na tarde dessa terça-feira (13), provocou uma série de manifestações de pesar entre senadores brasileiros. Conhecido por sua trajetória política marcada pela simplicidade, ética e compromisso com a justiça social, Mujica foi lembrado como uma figura admirada além das fronteiras do Uruguai.
Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), destacou o carisma e a integridade de Mujica. “Hoje o mundo se despede de uma das figuras públicas mais queridas e admiradas no cenário internacional”, afirmou. Em viagem à China, Alcolumbre ressaltou que a humanidade e a força de Mujica continuarão inspirando aqueles que acreditam em um mundo melhor.
Para o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), Mujica representa uma forma de encarar a vida e a política. “Em todo o mundo, e em especial na América Latina, Mujica não foi somente um homem. Ele foi uma forma e uma perspectiva de encarar o mundo”, declarou.
O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) relembrou a trajetória de Mujica como guerrilheiro que enfrentou a ditadura militar uruguaia, destacando sua luta pela igualdade social e pelo meio ambiente. “Ele era um dos políticos mais populares do Uruguai e da América Latina, amplamente respeitado por sua integridade”, afirmou.
Nas redes sociais, outras lideranças do Senado também se pronunciaram. Jaques Wagner (PT-BA) definiu Mujica como “o maior líder humanitário do nosso tempo”, enquanto Alessandro Vieira (MDB-SE) disse que o mundo perdeu “uma figura extraordinária”.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) destacou o lado intelectual e humano de Mujica: “O mundo perde um democrata, um humanista, um pensador, um poeta”. Já Teresa Leitão (PT-PE) o descreveu como uma das figuras mais simbólicas da política latino-americana, reconhecido por sua humildade e coerência ética.
A senadora Leila Barros (PDT-DF) ressaltou o compromisso de Mujica com a justiça social, enquanto Fabiano Contarato (PT-ES) o classificou como um exemplo de humildade e integridade. Zenaide Maia (PSD-RN) afirmou que Mujica “tinha a estatura moral do estadista que lidera pelo exemplo”.
Angelo Coronel (PSD-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) também exaltaram o legado de liderança e humanidade deixado por Mujica. Para Eduardo Braga (MDB-AM), seu exemplo viverá em cada projeto que lute por um mundo mais justo. Weverton (PDT-MA) disse que Mujica “governou com sabedoria” e foi um líder inspirador da esquerda latino-americana.
Outros parlamentares como Eliziane Gama (PSD-MA), Marcelo Castro (MDB-PI), Paulo Paim (PT-RS) e Humberto Costa (PT-PE) também lamentaram a perda. “Ele deixa um legado importantíssimo, de um defensor da democracia e da justiça social em seu país e no mundo”, afirmou Costa.
Pepe Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015. Antes disso, atuou como senador e ministro da Agricultura. Durante a ditadura uruguaia, foi preso por quase 15 anos por integrar o grupo guerrilheiro Tupamaros. Sua história de vida inspirou o filme Uma noite de 12 anos e sua postura como líder — modesta, ética e voltada ao bem comum — conquistou admiradores em todo o mundo.
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