O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), em discurso no Plenário do Senado nesta segunda-feira (09.06), o criticou duramente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e defendeu a aprovação de projetos que aumentem a transparência e o controle sobre a gestão do futebol no país. Segundo ele, a entidade tem um histórico de corrupção que compromete a credibilidade do esporte mais popular do Brasil.
Kajuru destacou que cinco ex-presidentes da CBF foram presos ou afastados por escândalos de corrupção: Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues. “A maioria absoluta, corrupta até na medula”, afirmou. O senador considerou emblemático o caso de Ednaldo Rodrigues, cuja reeleição por aclamação foi anulada dois meses depois. “Seria cômico se não fosse trágico”, disse.
Para Kajuru, é preciso romper com a lógica de opacidade que envolve a CBF. “Ela é uma caixa-preta e uma fábrica de escândalos”, afirmou. O senador apresentou dois projetos de lei que visam reverter esse cenário. O primeiro, o PL 2.429/2025, cria instrumentos de fiscalização sobre a CBF e as federações estaduais, obrigando, entre outras medidas, a prestação de contas aos tribunais, auditorias da Receita Federal e publicidade de contratos. O texto prevê sanções como a suspensão de verbas públicas e repasses das loterias federais em caso de descumprimento.
O segundo projeto, o PL 2.430/2025, reconhece a Seleção Brasileira de Futebol como patrimônio cultural e de interesse social, alterando a Lei Pelé para assegurar sua proteção institucional. “A Seleção pertence ao povo brasileiro e simboliza a identidade cultural do país”, defendeu. A proposta também autoriza o Ministério Público da União a atuar em sua defesa.
Kajuru ressaltou que ambos os projetos já haviam sido apresentados anteriormente pelo ex-senador Alvaro Dias e arquivados ao fim da legislatura passada. Com base nas recentes mudanças na CBF, ele acredita que o momento é propício para retomá-los. “Chegou a hora de discutirmos isso com seriedade. O torcedor brasileiro merece respeito”, concluiu.
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