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Ministérios Sábado, 05 de Julho de 2025, 15:33 - A | A

Sábado, 05 de Julho de 2025, 15h:33 - A | A

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"Super-ricos precisam pagar sua justa contribuição", diz Haddad em defesa de pacto tributário global

Ministro defende “reglobalização sustentável” e critica desigualdade fiscal durante reunião do Brics

João Victor/Fatos de Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (05.07) que é hora dos super-ricos do mundo pagarem sua "justa contribuição em impostos". A declaração foi feita durante o discurso de abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do Brics, realizada no âmbito da presidência brasileira do grupo.

Haddad defendeu a criação de uma Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária. O objetivo, segundo ele, é estabelecer um sistema mais justo e representativo. “Trata-se de um passo decisivo rumo a um sistema tributário global mais inclusivo, justo, eficaz e representativo”, afirmou.

Durante o discurso, o ministro também propôs o que chamou de “reglobalização sustentável” — uma nova forma de globalização centrada no desenvolvimento econômico, social e ambiental. “Nenhum outro foro possui hoje maior legitimidade para defender uma nova forma de globalização”, disse, ao citar que os países do Brics representam quase metade da população mundial.

Haddad lembrou o papel do Brasil no G20, com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e reafirmou a defesa do multilateralismo. “Não há solução individual para os desafios do mundo contemporâneo”, afirmou. “A perspectiva de criar ilhas excludentes de prosperidade em meio à policrise contemporânea é moralmente inaceitável.”

Na pauta ambiental, Haddad destacou os esforços do Brics para desenvolver instrumentos de transição ecológica e chamou atenção para a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). A proposta, segundo ele, pode ganhar força até a COP30, marcada para 2025 em Belém. “Estou convencido de que o Brics pode desempenhar um papel decisivo em sua criação”, disse.

Ao encerrar, o ministro destacou que o grupo busca consolidar-se como “um porto seguro em um mundo cada vez mais instável”. Para ele, serenidade e ambição devem ser as marcas da presidência brasileira no Brics.

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