Em depoimento ao STF, nessa terça-feira (10.06), Jair Bolsonaro tentou transformar a famigerada reunião ministerial de 22 de abril de 2020 — aquela recheada de palavrões, ameaças e arroubos autoritários — em prova de inocência. Disse que poderia ter destruído o vídeo, mas decidiu entregá-lo, como quem oferece um presente à Justiça. “Tinha o HD nas mãos”, afirmou com orgulho, como se isso apagasse o conteúdo explosivo da gravação.
De quebra, alfinetou Sergio Moro, os ministros do STF e até os militares que não embarcaram na tal "fábula do golpe". Sobre o linguajar de general de caserna, Bolsonaro foi sincero: “Tenho melhorado bastante, acredite se quiser”. E a gente realmente não acredita.
Ao estilo “eu sou assim e não mudo”, o ex-presidente ainda soltou pérolas sobre cartazes de manifestantes, negou conspiração e reclamou de aliados que mudaram de lado. No fim das contas, parece que o golpe — se houve — acabou sendo mesmo só contra o decoro.
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